domingo, 31 de janeiro de 2010

QUERER TE SEMPRE !

Á minha amada, sempre e é o que peço: queiras me, como te quero,
Com a intensidade dos meus, me sejam ofertados, suas carícias e beijos.
Enfim,do nosso amor, é isso que espero,
Pois és a razão , única, dos meus sonhos e desejos!.

Sentir sempre o embalo dos seus abraços e carinhos,
Adormecer, enlevado, pelos toques dos seus dedos.
A certeza de juntos trilhar, sempre, os mesmos caminhos,
Espantam incertezas, inseguranças e medos!.

União de ímpar acerto, junção de ideais e pensamentos,
Espero satisfazer-te em tudo, como a mim, tão bem o faz.
Me completas, alegra me em todos os meus momentos,
Vivamos bons e infinitos tempos, como os que ficam, agora, para tras!.

José Domingos

TIRE O JALECO, PATETA!

O grego Hipócrates que viveu por volta do século V antes de Cristo, por pertencer a uma família que durante gerações praticara os cuidados da saúde e, tendo ele continuado com essa nobre atividade, se tornou conhecido e venerado desde a muito, como o pai da medicina.
Assim, o juramento de Hipócrates é um indispensável texto proferido por todos os que estão recebendo o diploma de médico, por certo mesmo desconhecendo sua existência e exigência, por certo povoou e ainda integra o sonho de milhões de jovens mundo a fora, atraídos que são pela misteriosa e atraente áurea que envolve os profissionais da medicina em sua sagrada missão de proteger a saúde e a própria vida dos pacientes que se colocam aos seus cuidados.
Essa idolatria e fixação já se dá desde os primeiros passos, quando nas primeiras brincadeiras as meninas, misturando instinto maternal e também o de proteção de crias, se poem a ninar suas bonecas, como se doentes estivessem e necessitassem de maiores cuidados extras e remédios para uma total recuperação. Os anos passam o crescimento acontece e aí persiste a atração, pois numa certa etapa da vida, grande parte dos pré-adolescentes quando perguntados para qual o curso irão fazer vestibular, respondem como primeira opção a medicina.
Assim até hoje é bastante comum se ver pais estufarem o peito e proferirem, orgulhosamente: - meu filho está estudando medicina!; - meu filho passou no vestibular de medicina!, o que aliás, é para deixar mesmo qualquer um satisfeito, uma vez que é um dos cursos mais disputados e, inclusive, mais caros quando se dá em faculdades particulares.
A conclusão de um curso na área exige, salvo engano, o maior tempo hoje estabelecido para cursos superiores no país, com uma grande dedicação, sacrifício, muitos estudos, esforço e concentração para que o acadêmico se transforme, realmente, num profissional preparado e qualificado para a atividade melindrosa e delicada que escolheu para desempenhar.
Após a residencia, ou concomitantemente não sei, vem a especialização, hoje mais do que obrigatória para que o profissional da medicina tenha reconhecimento e algum sucesso, já que a figura do clinico geral, sem qualquer demérito, hoje tem encontrado grandes dificuldades para exercer as suas atividades com melhores resultados.
E aí, formado e apto a se estabelecer como profissional da medicina , o uso do jaleco branco passa a ser constante, ele que distingue sua atividade desde antes de Cristo, adotado que foi na ilha grega de Cos por volta do século V ou VI a.c para uso dos médicos, auxiliares e pacientes a fim de que não houvessem distinção entre eles nesse local onde se tratavam os doentes da época.
Para muitos historiadores também pode ser, tanto por uma questão de ser mais leve e mais apropriado com o clima quente da região, quanto pelo fato de que qualquer sujeira é mais visível em tal vestimenta, sem contar que o branco é associado, e talvez por isso, a uma condição de limpeza e higiene, mas o fato é que milhares de anos se passaram e a vestimenta passou a distinguir e se associar aos profissionais da medicina.
Se durante muitos anos os jalecos estavam restritos ao uso interno nos hospitais, salas de cirurgias, clinicas e outros estabelecimentos congeneres, hoje o seu uso se tornou quase que traje de passeio para algumas pessoas, que muitas vezes nem são médicas nem enfermeiras mas que vivem profissionalmente naqueles ambientes em outras atividades, e parece que até por ostentação ou querendo provocar uma associação com tais atividades, pululam pelas ruas, bancas de revistas, agencias bancárias,lanchonetes e em todo e qualquer lugar, trajando jalecos brancos, numa situação para lá de perigosa, uma vez que esse trânsito de fora para dentro dos hospitais e vice-versa pode estar contribuindo e muito para elevar os índices de infecções hospitalares que tem levado muitas pessoas a óbito e, em números para lá de alarmantes.
E é assim que, um só dia não passa sem que aqueles que trabalham nas imediações de clinicas, pronto socorro e hospitais, conforme é o meu caso, que não se depare com várias pessoas envergando seus jalecos brancos pelos mais diversos lugares, quase sempre, no meu particular caso, dando uma grande vontade de gritar bem alto com elas: - tire o jaleco, pateta !

José Domingos

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

UM PROFISSONAL SEM DIPLOMA PODE. OUTRO, MESMO COM ELE, NÃO.


Em toda e qualquer parte do universo, o ajuntamento de pessoas que passaram a conviver em comum, logo logo, de forma quase que natural ocorreram a adoção de regras a serem seguidas que com o passar dos anos se aprimoraram e desaguaram em Constituições que se colocam acima de tudo e de todos, como principio maior, norteador de ações e condutas que a todos obrigam.
Porém lugares e situações existem, em que o populismo e a demagogia, mesmo que não afetem diretamente o estado democrático e de direito ali vigentes, em que a população às vezes se depara com arroubos de mandonismo e concentração de superpoderes, como se os tivesse, e mesmo que rasgue e fira mortalmente a Lei Maior, de igualdade para todos, o primeiro mandatário da Nação definiu, por si e própria conta, que existem alguns brasileiros que não podem ser considerados comuns- vide José Sarney - e sua vastíssima folha dos mais variados serviços prestados à nação e aos seus familiares, conforme a imprensa vem noticiando a conta-gotas, no que parece ser um verdadeiro suplício e tortura àquele vetusto senhor de quase oitenta anos e que já ocupou o mais alto cargo do Executivo nacional e agora vê expostos, escancarados e abertos todos os seus erros e falhas que se achavam ocultos, no que se pode ser considerada uma tentativa de se passar a limpo o senado federal, porém todas as mazelas e bandalheiras que estão sendo visceralmente expostas, quase todas contém o DNA do velho coronel maranhense, de cuja defesa o presidente Lula se encarrega veemente e de forma diária ou quiçá “horária”.
E é, nesse nosso querido Brasil, onde se deveria investir maciçamente em três setores básicos como segurança, saúde e educação é que vemos os absurdos se tornarem rotinas do nosso cotidiano, como a última de se desobrigar a apresentação de diploma de cursos superiores para o exercício do jornalismo.
De que se tem noticias, o primeiro jornal diário com o nome de Einkommende Zeitug surgiu na Alemanha em 1650, secundado mais de um século depois pela França que em 1777 viu circular pela primeira vez o seu O Jornal de Paris, também diário.
Temerosos da força e do alcance de tão importante veículo, o que predomina até hoje junto a boa parte da classe politica mundial, já na revolução francesa alguns jornalistas forma guilhotinados pela sanha sanguinolenta e furiosa de alguns revoltosos que viram os seus interesses conflitantes com as publicações e idéias daqueles profissionais da imprensa; a repreensão e a censura também esteve presente sob o império de Napoleão Bonaparte que buscava subjuga-la e coloca-la a seu serviço, divulgando os seus feitos e engrandecendo a França, não sendo tal uma exclusividade francesa pois muitos outros ditadores, no decorrer dos tempos, se valeram da imprensa para a promoção pessoal , quase sempre em oposição aos ideários dos jornalistas, em sua maioria sonhadores, éticos e com uma visão de sociedade e de mundo bem diferente, já que a quase totalidade prega e defende a liberdade, os direitos e a democracia, fazendo de seus escritos uma forte trincheira na busca da consecução desses objetivos.
Assim o idealismo e a coragem de alguns fizeram nascer e florescer uma imprensa livre e independente quanto exercida por pessoas sérias, de brio e de brilho em seus pensamentos expostos à opinião pública, fossem eles de qualquer profissão ou formação acadêmica/escolar, sendo que somente em 1869, por iniciativa do general Robert E. Lee, na Virgínia nos Estados Unidos, é que foi aberta a primeira faculdade de jornalismo, e setenta e oito anos depois o Brasil também passou a contar com a sua congenere, pois foi aberta no estado de São Paulo em 1947 a faculdade de comunicação social Cásper Líbero.
Com o golpe militar de 1964, para muitos numa tentativa de cercear, obstacular e impedir a manifestação de intelectuais e pensadores que se manifestavam através de artigos e colunas mantidas nos jornais diários, a profissão de jornalista foi restrita apenas para os portadores de diploma de curso na área.
Observando sob essa ótica e considerando que ainda engatinhávamos na questão de cursos superiores oferecidos, à época, para a população brasileira, realmente deve se ter alcançado o objetivo a que haviam se proposto os ditadores de plantão, pois nem todos, ou a maior parte dos profissionais da imprensa tinham condições de longos deslocamentos até onde existisse uma faculdade de jornalismo para freqüenta - la como aluno.
Quarenta anos depois vemos agora o supremo tribunal federal julgar pela não obrigatoriedade de se ter curso superior de jornalismo para o exercício da profissão, frustando e desanimando a milhares de universitários ou mesmo os que já concluíram o curso, pela aparente inocuidade ou falta de serventia de seus diplomas na maioria das vezes conseguido a duras penas.
Se feito feito está, então que os laboriosos e eficientes profissionais da imprensa, bem como os empresários da área, atuem no sentido de se continuar aproveitando apenas os bons e egressos bacharéis de boas faculdades, que ao iniciarem no mercado de trabalho tragam na bagagem a formação obtida nas academias reconhecidas como grande celeiro de jornalistas eficientes e qualificados, e não tenhamos nós o desprazer de vermos nessa medida incondizente com os tempos atuais de valorização e reconhecimento do esforço de nossos jovens, uma competição por diminuir salários dando preferencias àqueles que não optaram pelo curso hoje não exigido mas, de extrema importância na preparação e formação dos futuros profissionais que irão batalhar por um emprego na área.
A medida vista como entulho autoritário, sem grandes contestações pois se vivia a plena e ferrenha restrição dos direitos individuais e coletivos, e que teve agora a revogação, na contramão dos nossos tempos atuais, quando a formação e qualificação profissional, com bom senso ainda passa, em qualquer setor de nossas atividades, pelo processo de aprendizagem obtido nas mais diversas academias, não é exclusiva apenas do sombrio e obscuro período vivido após o golpe militar de 1964, já que a OAB, quando do advento de sua lei orgânica em 1993 estabeleceu que alguns portadores de diplomas não podem advogar, nem mesmo em causa própria, como no caso de diversos servidores públicos que, muitas vezes às duras penas, pagando faculdades particulares concluem o curso de direito. Que a Ordem dos Advogados do Brasil quisesse impedir conflitos decorrentes de ações em que o profissional, o que seria até mesmo falta de seriedade, atuasse contra o seu empregador e que seria bastante conflitante, tudo bem, agora que o impedimento seja total é absurdo !!
Um verdadeiro cerceamento de direito e vindo de uma instituição que congrega os profissionais que tem, entre suas principais atribuições, senão a maior e exclusiva, a de defender os direitos daqueles que se sentem neles lesados. Chega a ser contraditório, estranho e inexplicável tal vedação, fazendo com que, aliás em voga em nosso país, nem todos sejam iguais e portanto não possam ser tratados como tal, pois uns não formam e podem exercer determinada profissão, outros formam e lhes é negado o exercício da atividade, nem mesmo que na defesa dos próprios interesses.
JOSÉ DOMINGOS

A ALEGRIA E O ENCANTO JUVENIL QUE EXISTE E INSISTE DENTRO DE CADA UM.

Quem e quantos de nós, quando estão se referindo à nossa pessoa, ou partindo de nossa pronúncia, nunca pronunciou ou ouviu um: "vocè está parecendo criança", ou então: "você não teve infância?", realmente situações existem em que as ações nos remetem a idos tempos, sabe se lá se por saudosismo, ou por que em cada um de nõs sempre se acha, durante toda a vida, uma pequena parcela de lembranças adormecida lá no mais fundo do nosso ser, que em alguns momentos ressurgem retomam as rédeas da situação e se fazem vivas, dominando a cena, nem que seja de maneira mais do que fugaz .
Cada um de nós, em menor ou maior proporção traz dentro de si, alguns procedimentos que para muitos são considerados como infantis. Feliz daquele que consegue transportar para a vida adulta um pouco do seu “eu criança”, pois o pesado fardo da responsabilidade de adulto conduz a um grande stress e a uma alta carga de irritação que, muitas vezes dificulta o relacionamento entre as pessoas do nosso convívio, e essa alegria e singeleza que impregnam as ações daqueles que conseguem nos momentos críticos fazer aflorar e reviver a criança que está nele adormecida, tornam mais fáceis o seu caminhar. Assim pode se considerar um vencedor os que sobrevivem e ultrapassam as barreiras e armadilhas que se lhes interpõem em seus caminhos pois, por certo, souberam e sabem dosar na medida certa a sua maneira de atuação e que talvez tenha sido necessário utilizar também o lado criança que hiberna dentro de si, porém sabendo também agir com maturidade, com seriedade e critérios quando a situação assim o exige e isso é que faz a diferença: flexibilidade, ternura e amabilidade para os momentos que os requer, firmeza e determinação quando se exija tal posição.
Entre os privilegiados que conseguem assim proceder, me julgo também um, pois felizmente, não obstante todas as dificuldades passadas nesta trajetória a qual os amigos, num gesto de amabilidade e de grandeza, atribuem de muito sucesso, muitas foram as pedras encontradas e verdadeiras barreiras que tiveram que ser contornadas, vencidas, deixadas para trás. Às facilidades hoje colocadas a disposição de meus filhos, se contraporiam a um sem fim de situações de extremos apertos financeiros e verdadeira penúria pelas quais passei, inclusive tendo que começar a trabalhar desde os sete anos, vendendo pães ainda de madrugada, na vila onde residia, o que,inclusive consta em um verso de um poema do meu primeiro livro....”os pães estavam sempre quentes, contrastando com as mãos que, de frias, estavam sempre dormentes”..... o que seguido de outros e outros afazeres, como engraxate, vendedor de laranjas e estudando, inviabilizou o desfrutar de um infância permitido e, sobretudo, necessário a qualquer criança em tal idade.
Se premida pela necessidade minha família teve que me exigir tal providencia, jamais reclamei ou reclamarei disso, mesmo laborando desde a mais tenra idade, pois isso foi a forja, a edificação e solidificação do meu caráter e de minha personalidade a que muitos, felizmente, atribuem forte.
Mesmo assim não podendo ter meus momentos de folguedos, de estrepolias e algazarras que a todas as crianças precisa e devem que ser concedidos, pois com a graça do Grande Arquiteto do Universo, nosso pai, não deixei morrer dentro de mim a criança que todos devemos manter em nós a cada passo da nossa caminhada terrena e hoje, não raro ela se faz presente sempre que necessária , pois com um frêmito, um latente pulsar do meu coração ela desperta, se põe viva e em ação, para tornar mais amena a vida, mais prazerosa e de menos espinhos, pois sempre à minha volta quando a oportunidade o permite, existe alegria, descontração, sinceridade e muito riso. E é com essa alternância de comportamentos, nos momentos possíveis reinando a alegria e o espirito juvenil se sobrepondo à sisudez que em outros momentos nos vemos forçados pela ocasião a sim proceder, é que tento encontrar o meu centro de equilíbrio tão necessário e ser feliz, sobretudo nos dias de hoje quando estamos sempre em alerta, seja pela falta de segurança, seja pela agressividade no trânsito e tantas outras situações que nos poem em risco a todo instante, nos obrigando cada vez mais a uma redobrada vigília quanto ao nosso modo de proceder, uma vez que os malefícios físicos e mentais por tal constante tensão são por todos deveras conhecidos. Pelo menos no meu caso, o que não pode servir como regra geral, pois seria de um pretensiosidade ímpar, se perguntarem qual o modo de ser mais feliz e se o alguem o possui, de pronto obterá minha opinião como resposta: sempre que necessário for, externe, mostre ao mundo e, sobretudo aos que estão á sua volta, a alegria, o prazer de viver, desperte de dentro de si a criança que se acha ali adormecida, , a deixe aflorar, pois sentirá como se o mundo inteiro lhe sorrisse e as dificuldades se atenuarão como que num passe de mágica, afinal, que seja um adulto que o pratique, quando os atos trazem um pouco da alegria, de clareza e sobretudo honestidade que invariavelmente sempre emolduram os atos das crianças, assim por desprovidos de maldade, das maledicências, da dubiedade de sentidos, enfim das conspurcações e impurezas tão comumente impregnados nas relações cotidianas das pessoas, eles se tornam mais suscetíveis de receber uma maior atenção e aceitação.
José Domingos

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

OBREIROS DA PENA

Muitas são as pessoas que embora nunca tenham se enveredado pelos caminhos da poesia de forma concreta, escrevem com desenvoltura, conseguindo retratar e nos transmitir de forma poética em seus escritos, até mesmo o encanto de uma pétala de rosa orvalhada, que ao receber os raios do sol matinal, se transmuta em uma beleza de profusão de cores que nenhuma pintura, seja pelas mãos ou pincéis de qualquer mestre, conseguem ser traduzidas e materializadas em uma tela, e assim não são só mero escritores e jornalistas, mas produtores de verdadeiras obras literárias, pois escrevem como se poetas fossem, e se o fossem se situariam entre os melhores dos melhores, sendo, portanto, dignos de muita admiração e respeito.
São verdadeiros mestres das letras, muitas vezes talhados nas lides diárias em que o escrever lhe é uma obrigação, portanto os colocando como potenciais escritores, razão pela qual vemos entre boa parte dos nossos executores dessa maravilhosa arte alguns ícones do nosso jornalismo, além dos mestres e doutores da língua e os operadores do direito, profissão que aliás, exige muita e boa qualidade de exposição de idéias para ser nela bem sucedido. Tanto assim o é, que aprendi com o meu competentíssimo e capacitado mestre de direito civil, doutor Donizete Martins de Oliveira que, uma das principais preocupações do advogado, deve ser a de saber fazer bem a exposição do seu pedido com o devido respaldo legal, portanto usando da devida clareza e objetividade, cabendo ao magistrado da questão, aliás, de cuja categoria ele é um dos mais lídimos representantes goianos, dar a devida interpretação e julgamento à luz das nossas leis. Portanto o motivo que exigiu a sua atuação, deve ser o mote principal mas, nada impedindo que a verve de um poeta se faça também presente nessa hora, aliás prática bem usual e até aceita quando não descambe para o exagero e baixa qualidade da peça apresentada pelo causídico, seja ele de defesa, de acusação, ou de assuntos outros.
A beleza das palavras na forma oral ou escrita, muito já encantou a nossa humanidade, principalmente antes do advento e massificação das televisões em todos os lares, pois atravessando milhares de anos desde a Grécia antiga, celeiro dos maiores oradores da era antes de Cristo, até o limiar do século XXI, essa forma de comunicação atraia uma verdadeira multidão, sendo ainda pelos idos dos anos oitenta do século passado, bastante comum as pequenas cidades se agitarem e se preparem para assistir a júris populares quando se sabia que bons oradores iriam atuar como advogados, sem contar que os comícios políticos também eram atração pelo mesmo motivo e portanto bastante concorridos, com as pessoas se acotovelando, as vezes às milhares, ansiosas para ouvir o mais famoso orador da noite que, não à toa, sempre era o último a proferir o seu discurso, para o deleite e encantamento dos ouvintes, na quase totalidade não só eleitores seus mas, verdadeiros fãs.
E é assim, portanto, bastante comum que muitos e muitos dos nossos obreiros do direito, de forma proposital ou não, ao peticionarem o fazem com o coração, com a alma e, não raras vezes exprimem com sensatez e honestidade os seus pedidos, porém impregnados de emoção de calor , em peças que não são só meras petições mas, verdadeiros tratados jurídicos, que o digam os trabalhos de um dos maiores jurista do limiar do século XX, Rui Barbosa que, como um dos representantes brasileiros de uma conferencia na Holanda em 1907, pela sua grandiloqüência recebeu o apelido de águia de Haia, bem merecidamente, dado que os seus discursos e escritas atravessaram o século e ainda hoje são motivos de incansáveis estudos e apreciação.
Infelizmente é algo que vem caindo em desuso, acostumados que estamos hoje, talvez até pela falta de criatividade dos que assim pensam e agem, quando uma bela peça, um trabalho bonito e corretamente escrito é para eles apresentado, bastante comum é se obter como resultado de tal, a seguinte indagação: de onde você copiou isso, da internet? Assim, para muitos, soa bastante estranho o exprimir sentimentos e rechear textos com pensamentos que afloram do mais fundo do nosso ser, pois o normal d'agora é a pouca leitura, a preguiça mental que redunda nesse atraso,e nesse, praticamente, analfabetismo que grassa no meio de boa parte da nossa juventude, talvez até mesmo pelo modismo de, nos e-mails, se escrever abreviando a tudo e de qualquer forma, mesmo que ininteligível para as gerações mais maduras mas que para os envolvidos na mensagem é mais do que claro, compreensível e atualizado.
Embora torçamos para que não, isso retrata uma tomada de posição e de comportamentos que irão refletir quando da atuação profissional daqueles que atualmente atropelam, massacram e, praticamente recriam, com termos próprios o nosso vocabulário pátrio, ignorando, abandonando e suprimindo muito de belo, de criativo e rico que não pode nunca ser esquecido. As pessoas que se adequam aos tempos conseguem melhor entender e se situar ante tantas transformações pelas quais sempre passam a humanidade, entretanto temos que tentar não perder o fio condutor da história, da necessidade de estarmos sempre em um processo de evolução e de melhorias, porém situações existem em que, nem sempre o novo é o mais certo, abstraindo se de qualquer possibilidade de conservadorismo, velhas práticas também são salutares e, portanto, merecem e precisam ser observadas, como o nunca antigo hábito de escrever , sempre presente nos seus adeptos, utilizando não só as pontas dos dedos no teclado mas, também e sobretudo, o coração, a alma e os mais profundos sentimentos ocultos no âmago.
Isso é bastante preocupante, já que as facilidades presentes possibilitam a um simples toque no computador de se proceder a pesquisas e encontrar já escritos aquilo que atende às necessidades do momento, pois a criatividade tão importante e vital para que surjam nova idéias e belos e inéditos escritos vem ficando restrita, cada vez mais a um limitado grupo, restando nos, torcer e difundir a continuidade do ineditismo, da poesia, dos encantos e surpresas que um texto original e belo provoca naqueles que tem a oportunidade de apreciá-lo, reitere-se, bastante presente e comum nas lavras dos bons, aficionados e amantes de uma boa leitura, pois somente aqueles que muito lêem podem e sabem, expressar no papel o que o seu pensamento, a sua alma processa.
José Domingos

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

NEM TUDO COMPETE E É, EXCLUSIVO, DO PODER PÚBLICO

Acostumados que estamos, a atribuir todas as responsabilidades ás mazelas e mesmo ações da natureza à omissão do poder público, estamos vendo ultimamente, em razão do grande volume de chuvas que tem caído em boa parte do país, sobretudo no Estado de São Paulo, a tragédias, mortes e prejuizos materiais que já montam a muitos milhões de reais, senão bilhões.
Mesmo nos momentos de dor, ante a perda de um ente querido, portanto estando as pessoas mais do que fragilizadas pela fatalidade que se abateu sobre os seus lares e familia, é comum estarmos vendo pelos noticiários televisivos, os clamores dos que se acham em tal situação, quase sempre recheados de fortes críticas pela falta de ação que o poder público não adotou, a ele se atribuindo a causa de tudo que está acontecendo, embora boa parcela de tudo lhe caiba sim, ante a falta de planejamentos e ações preventivas e dirigidas a se evitar tantos desastres e com tantas perdas humanas.
Não seria, portanto, a oportunidade ideal para se rebater as então vítimas, porém isso não pode deixar de ser feito após passados o periodo inicial do luto, como também uma maior absorção, no aspecto psicológico, das perdas materiais sofridas e assim , chegado o momento, compete não só ao poder público mas também á sociedade organizada, às pessoas mais esclarecidas, cobrar, e muito, o exercicio da cidadania, que implica num maior comprometimento da população nas mudanças tão necessárias a, se não por um total fim, o que seria bem utópico esperar que tal aconteça como se num estalar de dedos mas, pelo menos diminuir bastante tão nefastos acontecimentos.
Devemos cobrar sim, o desleixo das pessoas quanto a jogar lixos pelas ruas e entupindo bueiros, com isso vindo a obstacular a que a água escoa pelas galerias pluviais, trazendo com isso inundações, desmoronamentos e tantas outras tragédias que nos chocam e tantos sofrimentos trazem a todos.
Outra situação que embora com menor número de baixas fatais, também muito assusta é o enorme aumento das pessoas que contraem a dengue, no que também o grande clamor público se direciona para os governantes quando, na verdade e necessário, todos deveriam estar contribuindo das maneiras possíveis, para evitar a proliferação dos criadouros de mosquitos transmissores da doença.
Sou também mais um dos soldados, que cerram fileiras nas duras críticas à falta de uma ação governamental bem dirigida para melhorias na saúde, na educação e na segurança, porém o que não podemos é achar e atribuir toda e qualquer responsabilidade ao Estado, a situações nas quais podemos intervir e participar de uma forma ativa para a minimização dos seus efeitos.

O ENCONTRO DAS FOLIAS DE REIS

Um costume trazido pelos portugueses de se homenagear, através da chamada folia de Reis, deriva do fato dos tres reis magos, Gaspar, Baltazar e Belchior, acompanhando a estrela do Oriente que prenunciava o nascimento do nosso Redentor, visitarem Jesus ainda na manjedoura em Belém, quando do seu nascimento pela graça do Espirito Santo no Ventre da Santa Virgem Maria, levando lhe como presente, ouro, incenso e mirra, atravesa séculos e adentrou aos nossos tempos, como um evento festivo/religioso.
É comum ainda persistir tal comemoração não só no interior mas também em bairros da nossa capital, cujas visitas começam logo após o natal e tem o seu ponto alto no dia 6 de janeiro, no calendário católico dedicado aos Santos Reis.Saudoso da minha infãncia e adolescencia na minha querida terra natal, São José de Mossâmedes que, nessa época do ano, naqueles idos tempos, o largo da igreja de São José lotava com a presença de quase todos moradore da cidade , oportundiade em que contemplavamos extasiados e fervorosos a chegada das folias que háviam percorrido as fazendas do municipio e que para a chegada até ao templo de Deus, utilizavam as quatro ruas que lhe davam acesso, num espetáculo de fé, de manutenção da tradição e cultura do nosso povo, de uma beleza ímpar que a todos comovia, é que estive no nono encontro de folias de reis de Goiás, realizado no último domingo de janeiro, promovido anualmente pela prefeitura de Goiânia, tendo assim matado, e bem, a saudade daqueles passados acontecimentos vividos no meu torrão natal e que, ainda hoje, aqui e ali, por aquele municipio ainda são realizados.
Que bonito ver no semblante de cada um dos foliões, estampada a alegria e o entusiasmo por ali estarem, por certo não apenas com o objetivo de representar para o público, mas sim e verdadeiramente, expressando, externando a sua fé e a convicção na tradição que continuam mantendo, para tanto, com certeza, enfrentam não poucos sacrificios, pois hoje em dia não está nada fácil deixar qualquer atividade profissional, ou mesmo afazeres domésticos para participar, em peregrinação, de uma folia de reis que leva alguns dias até a entrega da bandeira de Reis, na casa do festeiro que irá promovê-la no ano seguinte, conforme manda a tradição.Um imenso público se fazia presente na praça da matriz de Campinas, erigida e destinada ao culto da intercessão de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro dos nossos pedidos ao Pai , se podendo ver nos olhares e expressões de cada um, retratadas, como no meu caso, as lembranças de passados vividos e que agora estávamos tendo a oportunidade de relembrar, de vivenciar situações pelas quais já passamos e que, por bonitas e fortes, permanecem em nossas memórias.
Parabéns aos organizadores e incentivadores dessa brilhante iniciativa e que ela prospere e continue a cada ano com novas edições, sempre animadas, festivas e que propicia a milhares de goianienses, egressos dos mais diversos cantos do nosso Estado ou do País, reviver um pouco da história de cada um, antes de rumarem para a cidade grande em busca de oportunidadee de dias melhores, mas que por certo, nuca se esqueceram desse tipo de experiência vivida, e que muito falam,embelezam, traduzem e eternizam a nossa cultura.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

DEUS É ÚNICO. O SER SUPREMO DO UNIVERSO!

Desde que o homem passou a ter compreensão de que sua existência terrena é finita, ele tem buscado um apoio espiritual, de firmeza, de direcionamento e, sobretudo, de salvação de sua alma quando partir desta para a outra vida.
Adorações simultâneas a várias entidades que os povos julgavam divinas, oferendas de sacrifícios muitas vezes de vidas humanas, penitências, jejuns, expiações de pecados com castigos corporais( que persiste ainda hoje em muitas culturas) e um sem fim de procedimentos cujo objetivo principal era o de manifestar, dentro de sua fé, um apreço a quem eles se dirigiam.
O fortalecimento e a universalização do cristianismo a partir do século IV da nossa era, fez com que os cultos pagãos e exagerados fossem ficando para trás, sendo que a partir do século VII com o surgimento do islamismo mais se consolidou o monoteísmo, hoje praticamente uma unanimidade no mundo todo, o que não poderia ser diferente, pois Ele é único, seja por qualquer religião ou forma com que se o adore, o importante é saber que Deus é o Ser Supremo e Único.
Muito se utilizou, no decorrer da existência humana, do nome de Deus em vão e assim de forma pecaminosa, quando não criminosa, em várias épocas e situações, como as cruzadas empreendidas para retirar os mouros de Jerusalém e em tantas outras.
Os registros históricos não mentem, por isso sabemos que exageros, crueldades e mortes houve aos milhares decorrentes do abuso e vigilância exagerada do catolicismo, cujos representantes queriam se colocar acima de tudo e de todos, provocando um grande sisma e o surgimento do protestantismo, inclusive designação mais do que acertada pois de fato se protestava mesmo contra os absurdos então praticados no que ficou conhecido como inquisição, uma vez que comissões compostas de representantes da igreja faziam verdadeira caça às bruxas, inquirindo, torturando e condenando à morte, quase sempre na fogueira para que se purificasse os, por aqueles, considerados culpados do que lhes fora imputado, da prática de heresias, de grandes pecados por cultos com tal considerados impróprios.
A evolução decorrente de um infinito processo de modernização que engloba e, portanto interliga, as várias partes do mundo em questão de segundos, tem levado a população a rever conceitos e valores, não se mensurando aqui se negativamente ou positivamente, nisso se incluindo também a prática religiosa, já que hoje não se precisa sair de casa para se assistir qualquer pregação religiosa e em qualquer língua que se deseje, portanto havendo uma grande evasão das igrejas e templos.
Paradoxalmente a essa evasão, vem se proliferando por todos os cantos desse nosso belo país, um sem número de seitas religiosas que de tudo fazem para atrair adeptos, cuja forma de atuação é bastante peculiar, não sendo afeto a discutir religiões e á sua prática por qualquer que seja, pois cada um professa como quer e de livre escolha tem a sua, portanto a nenhuma delas não faço qualquer crítica ou objeção, mas não deixo de manifestar minha estranheza pelos exageros e, sobretudo, pela inversão das pregações pois ao invés de se falar mais em Deus, na sua misericórdia e infinita bondade , a palavra que mais se profere em alguns desses locais é demônio, pois volta e meia quem está lá na frente, no púlpito está a mencioná-lo e se servindo dele como instrumento de intimidação e de se impingir nos fiéis, grande temor.
Passando dias atrás na porta de um desses estabelecimentos, embora sob uma temperatura elevada e o causticante sol das 16 horas, estando ele aberto vi que lá dentro estavam algumas pessoas atentas escutando quem estava lá frente que, aos brados, vociferava a todo momento o nome do anjo do mal, Lúcifer.
Como sempre pensei que a gente precisa reforçar a todo o momento é o nome de quem é Bom, e esquecer aquilo que ao mal representa, portanto quase nunca a ele se referindo, me lembrei de que em outras ocasiões também já havia presenciado e me espantado com esse tipo de manifestação, ao meu ver, equivocada, num procedimento feito às avessas, pois como se enaltecer ao Senhor se ele é colocado em segundo plano?.
Respeito e admiro àqueles que fazem belas pregações com equilíbrio, conhecimento bíblico e discernimento para ministrar a palavra santa, e esses, portanto, cônscios de suas atribuições, por certo, irão concordar com o que aqui escrevo, porém os falsários e charlatões que cometem verdadeiras explorações aos fiéis, por certo se levantarão e protestarão contra o meu artigo, já que ele atinge o âmago, o cerne da questão, de se propalar erroneamente o nome do Mal, enquanto o Bem fica para segundo plano.
Ressalto não quero buscar polêmica, mas ela é inevitável, apenas manifesto meu aturdimento pela forma com que muitos hoje, em cada bairro da capital, a toda semana, ao abrir portas e sob denominações as mais variadas possíveis, instalam uma nova e estranha seita, nas quais é comum se usar sempre do mal e dos sofrimentos como instrumento principal de pregação, e se esquecerem de que se deve, isso sim, priorizar. louvar e bendizer sempre à infinita e bondosa misericórdia Divina que vem dos altos.
Temos que temer mesmo aquilo que nos possa prejudicar e à salvação de nossa alma, entretanto não se combate um mal colocando-o em primeiro plano citando o a cada momento, pois ao mal se deve é ignorar, renegar, e fazer o possível para nem sequer se fazer menção à sua existência.
Oras, necessário é sim, que combatamos as tentações, as práticas nocivas ao espírito e ao corpo, entretanto, dentro da minha singeleza e formação, creio que devemos estar a todo momento, é evocando ao Senhor, reverenciando, louvando e glorificando-o pelas maravilhas que se operam diariamente em nossas vidas.
Ele sim deve estar a todo o momento presente em nossos pensamentos e ações, pois se esses estiverem assim direcionados, nenhum mal nos advirá ou chegará aos nossos lares, para que neles reine o amor, a sabedoria e a bondade, tão necessários e exigidos em todos os tempos, principalmente nos atribulados dias de hoje, de grandes inseguranças muitas preocupações.

VIVER TUDO DE NOVO!

Se não daqui, não o fosse,
por certo, ser, eu queria.
nascer onde nasci,
fazer tudo o que fiz, de novo, o faria.

Viver no mesmo torrão natal,
as amizades, mudadas, também não sendo.
Com a mesma intensidade curtir a vida,
A cada passo, algo de novo, e de novo aprendendo.

Se para que de novo fosse, vivido, o que passei,
ao Senhor, um pedido, o faria.
Que me concedidos fossem os mesmos queridos filhos,
Pois a mulher, com a certeza, à mesma é que eu amaria.

Do sol em belas manhãs, receber, o brilho,
Do entardecer, amena brisa, de suave frescor,
À lua, extasiado, em claras noites, contemplar,
Nos levando á poesia, ao lirismo, ao amor !