quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

QUEM SENTIMENTO É ESSE?

Que sentimento
é esse
a que se chama
Amor?
Que
às vezes
provoca
arrepios,
Outras
intenso calor?


No auge
da sensação
de quem ama,
Como
inesgotável fogo,
de
inconsumível chama,
Se abrasa,
se dilacera
o coração,
o fazendo forte,
insaciável,
movido
por eterna paixão.

Que
sentimento
é esse,
doce,
vez outras
amargo fel,
a que se chama
Amor?
E que
povoa
os dias meus,
às vezes
doido,
sofrido,
noutras,
com o sabor
de puro mel!.

José Domingos.

NOSSOS CAMINHOS

Longa
é,
da vida,
a estrada.
às
vezes
sinuosos
caminhos,
outros,
mesmos
retos,
mas
que
não levam
a nada.

Nesse viver,
muitas
emoções.
Permeiam se
conquistas,
vitórias,
e não raras,
grandes
decepções.

Para
se extrair,
se deleitar,
do que nos
vem,
ou está ainda
por nos vir,
É fazer de
cada passo,
um marco
alcançado,
um feliz
viver,
em nada
ficando
a dever,
o que para
trás
foi deixado.

José Domingos.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

LINDA FLOR

No seu
cadenciado
andar,
lindos
passos,
a sua
beleza,
a ressaltar.

Graça
que encanta,
que
atrai
e fascina.
A perfeição
que
o artista
canta,
o perfeito
ser,
que,
a
todos,
domina.



Mais
linda flor,
da
primavera,
não
haveria.
Encantos
que
encanta,
que leva
ao amor,
ao sonhos,
à fantasia.

José Domingos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

SOL

Oh
radioso sol,
que
à terra
ilumina.
Que,
a ela,
aquece,
que
à semente
germina.

Sua
presença
é,
para os
banhistas,
sempre
prazerosa.
Pois,
se a eles,
bronzeiam,
pelo que,
tanto
anseiam,
faz
também,
cada
manhã,
muito
mais gostosa.

Brilhas
ao tempo,
que o tempo
lhe concede,
depois,
o seu lugar,
cede,
se escasseia.
Entra,
então,
benfazeja
chuva,
a que
tanto
o homem
pede,
pelo
que
tanto anseia!

José Domingos.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

CHEIA DE GRAÇA !

Se
a vida
a tudo ensina,
aprenda,
Eu,
então,
a conquistar
essa
menina.

De desejo,
inalcançável
objeto.
Sonho,
ganhar
dela,
ao menos,
um beijo,
um abraço,
um
carinho.
O seu afeto!

És,
menina,
totalmente,
cheia
de graça.
De formosura,
se revestes
em lindo
manto.
Alumias,
por onde,
passa,
com o seu
brilho,
beleza
e encanto!


José Domingos

domingo, 21 de fevereiro de 2010

RUMO A TRINDADE !

Em junho
no seu findar,
de julho
o seu
principiar,
é que,
mais intensa
irá se tornar.
Um dia,
outro dia,
temperatura
quente,
ou
ela fria.
não é diferente.
Lá estão,
uns atras,
outros
à frente,
infindável procissão.

Indo a pé,
buscam
com fervor,
movidos
pela fé,
com muito
amor,
venerar
a Nosso Senhor.

Em
cada olhar,
a religiosidade
expressa.
Avançam
sem cansar,
bem depressa.
Grande é
a alegria,
e também
a felicidade,
seguir
em romaria,
rumo
a Trindade!

José Domingos.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

DESEJOS

Pela rua
ela passa,
ligeiros
passos,
cheia
de graça.
Na
cadencia
do seu andar,
se
firma
o meu olhar.

Graciosa
e faceira,
Tens,
da vida,
o que quer.
Menina-moça,
moça-menina,
uma beleza
verdadeira,
em um
lindo corpo
de mulher.

Silhueta
curvilínea,
sem igual.
És
a perfeição,
o encanto total.

Quisera
eu,
merecer
a sua atenção.
Carinhos
e beijos,
habitar
o seu
coração,
satisfazer
a todos
os seus
desejos .

Disso,
preciso.
Nem
que,
por
um segundo,
me sentir
no paraiso,
ser,
o ser,
mais feliz
do mundo !

José Domingos

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

AS QUERELAS NO INTERIOR DOS PARTIDOS POLÍTICOS

As disputas eleitorais sempre foram aguerridas, quase que sangrentas e não raras, no sentido literal da palavra, pelo nosso país a fora a paixão partidária levava a confrontos físicos e tinha com desfecho até mesmo a morte de um ou mais, daqueles que levavam a torcida por algum partido ao últimos extremos da paixão e engajamento.Disso nunca me esqueci, quando na minha pequena, querida e inesquecivel cidade natal, São José de Mossâmedes e mal contava eu com uns cinco anos mais ou menos, correu pela nossa pequena comunidade a noticia que uma pessoa da qual nem me recordo da fisionomia, mas cujo nome, Solano, ficou gravado em minha mente, havia sido assassinada em exclusiva decorrencia de discussões acaloradas com um adversário de partido politico contrário ao seu.
De lá para cá, tendo tomado gosto pela politica regional, isso desde a adolescencia, passei a acompanhar, de perto, o que se desenrolava nos bastidores e também nos palanques politicos, desde que isso viesse a público e fosse publicado no Cinco Março e posteriromente no seu sucessor Diário da Manhã e também em O Popular, sem contar que experimentei atuar diretamente na política, tendo sido vereador da cidade de Goiás e também fracassado candidato a deputado estadual.
Em algumas décadas, como espectador e também ator da cena política, passei a entender, um pouco, do mecanismo e engrenagem das peças que movem e dão vida à prática da politica partidária, de tudo isso tendo uma certeza que o jogo é bruto, pesado, e raramente um neófito em tal arte consegue vencer de pronto, a menos que ele já tenha um traquejo e esperiência que ele adquiriu antes de nela ingressar e "rapidinho" ele absorva o "jeitão que é a coisa", onde o fisiologismo e o interesse particular, embora de forma camuflada, ditam as regras do jogo.
Assim para alguém que não conhece das artimanhas e dureza do jogo, pode se pensar por que fulano e beltrano sendo do mesmo partido, logo eles são amigos e dispostos a ombrear juntos a defesa dos interesses da sigla a que pertencem. Ledo engano, pois na maioria das vezes as batalhas mais renhidas não são travadas com adversários mas, entre filiados de uma mesma agremiação partidária, tanto para as disputas para os chamados cargos majoritários(prefeito, governador, senador e presidente) quanto para os proporcionais(vereadores e deputados) o que em tese, seriam soldados do mesmo pelotão para irem à luta em busca de votos.
Disputas dessa natureza, o que não poderia ser diferente em nenhum lugar do mundo, fazem parte da nossa história politica, algumas até bem recentes , envolvendo personalidades que ainda hoje gravitam pelo mundo da política, para tanto, tendo que atuar com desenvoltura nos cavernosos( para não dizer fétidos) caminhos que permeiam as siglas partidárias no Brasil. Como um exemplo pode se citar Iris Rezende em 1989 quando quis disputar a presidencia da república e que, no entanto, não teve o apoio do seu companheiro de partido e também uma liderança goiana, Henrique Santillo, à época governador do Estado de Goiás que preferiu, em nome da biografia daquele, ficar com Ulisses Guimarães, escolhido como o candidato do PMDB mas que, no entanto, nas urnas amargou um sétimo lugar nas eleições presidenciais daquele ano que contou com um recorde de candidatos e teve como vencedor Fernando Collor de Melo, de triste memória para a nação brasileira.
Tendo o processo eleitoral que atender às mais diversas exigências e normas legais do imenso cipoal que compoem todas as legislações do país, os que pensam em pleitear qualquer função pública através do voto, primeiro tem que se filiar a um partido, obedecer ao ditames impostos pelo seu diretório, colocar o seu nome à apreciação dos seus membros para,uma vez aprovado em convenção, só então se sagrar candidato e colocar o seu nome à disposição dos eleitores.
E é, nesse momento da escolha do candidato, que "cobra engole cobra" e aquele que melhor articula, negocia, faz concessões e etc., é que se torna o candidato do partido para disputar nas urnas o cargo que pretende ocupar, porém para se chegar até uma convenção e ver o nome homologado pelo diretório como candidato, uma difícil, espinhoso e pedregoso caminho precisa ser enfrentado, uma vez que se está em jogo o mesmo número de interesses tantos sejam os votantes que farão a escolha.
Na atualidade, com o advento das pesquisas eleitorais, a vida tem se tornado mais fácil para aqueles políticos que são mais populares junto aos eleitores, uma vez que, dificilmente os pretensos candidatos que estão à frentes nas pesquisas de intenções de votos, são preteridos nas convenções partidárias, embora recente exemplo tenhamos de alguém nessa situação, pois"nas cabeças" nas pesquisas, Joaquim Roriz como candidato a candidato ao governo do distrito federal, teve que trocar de partido dentro do prazo legal para concorrer nas próximas eleições, uma vez que o PMDB, então ainda seu partido, dava inequívocas amostras de que não o aprovaria na convenção, bandeando ele, então, para o PSC que lhe ofereceu a legenda para a disputa em outubro.
Percebe-se, assim, o quão é, melindroso, manhoso e maquiavélico o jogo dentro das siglas partidárias, uma vez que o primeiro dos interesses não é, nem de longe o da coletividade ou do bem comum mas, sim e exclusivamente, o particular daqueles que mandam e decidem quem pode ou não ser o candidato, e que por deterem tal poder estão sempre abertos às negociações que tanto podem ser lícitas ou ilícitas, às claras ou às escondidas conforme costuma se verificar na maioria das situações.

José Domingos.

UM NOVO AMOR

Ontens
de alegria,
e de prazer.
Hojes,
de desencontros
e discussões.
Para traz,
a satisfação
de bem viver,
juntos,
intensas
e novas emoções!

Sentindo,
da separação,
a iminente
crueza,
Tenhas e leves,
contigo,
para sempre,
a certeza.
No meu peito,
espaço
não há,
para a tristeza.
Sendo ela,
um sentimento
que é,
da alma,
o torpor,
Não cabe
no meu
universo,
que é
de viver
sempre
um novo amor !

José Domingos

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Quem sou?
de onde vim?
para onde vou?
Venho
de amores esquecidos,
De chorados prantos,
fingidos.
Eis que
a verdade se cristalizou.
Eu
que tanto a amei,
A ela
que nunca me amou.
Um dia me cansei,
Por isso a deixei.

Passou, passou,
foi um acerto.
Se no inicio sofri,
Lágrimas,
não mais verto.
Agora já me esqueci.
Se foram,
desamores e infidelidade,
novos amores
e venturas virão.
A alegria
voltando a ser realidade,
preenchendo o vazio do meu coração!

José Domingos

RECANTO DE ENCANTO !

Vezes em mansidão, lento o seu seguir,
Outras, de forma ágil, em corredeira forte.
Vidas e mais vidas, nele a existir,
Espalhando alegria, alimentos e muita sorte!

Sôis, do sertão, imenso mar,
Águas que, da vista some, tamanha imensidão.
Ás suas margens prazer e bem estar,
Para os olhos encanto, paz para o coração!

O sol que maravilhosamente brilha,
Alva areia de bela e extensa praia.
Eis meu paraíso, minha ilha,
Inigualável rio Araguaia!

José Domingos

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

LONGE DA AMADA

Longe, já bem distante, se vai a noite,
Na face uma aragem fria, como que num açoite.
Perscruto, da escuridão, o negrume que veda a tudo,
Nada vejo, apenas sombras, nesse meu caminhar mudo!

Se até bem pouco, ao relógio queria faze-lo parar,
Agora o tempo não passa, se passa, é bem devagar.
Estar ao lado da amada é, para um apaixonado, tudo,
Deixa-la e ir embora ,é a total solidão, é se sentir desnudo!.

Sigo. Ela a ocupar todos os meus pensamentos,
Vivos cada beijo, abraços, todos, todos os bons momentos.
Esse é o sabor do amar, de viver uma grande paixão,
É dela se afastar, porém a tendo sempre, no fundo do coração!

José Domingos

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

PASSARO LIVRE

Na beleza do seu sorriso, na meiguice do seu falar,
Está a magia que atrai, que em todos provoca grande emoção.
Menina no corpo de bela mulher, esse seu modo de andar,
É que me cativou, me seduziu, conquistou meu coração!

Maviosa voz, de ímpar suavidade, e imenso encanto,
Ouvi-la é não ter tristeza, fazes enxugar a qualquer pranto.
Se expressa na sua fala, das mais belas aves, a canoridade,
Sejas sempre mensageira da alegria, do amor e da felicidade!

Quero te, de desejo, de paixão, me amando e sendo amada,
Merecer teus carinhos, abraços e beijos, sua total atenção.
Sem amarras ou gaiolas, tal e qual uma ave aprisionada,
Mas quanto ao seu amor, esse sim - preso ao meu coração!


José Domingos.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O PODER FASCINA E SUBJUGA AOS MAIS FRACOS

Tenho em minha trajetória profissional um rol de funções ocupadas, tanto no setor privado, como bancário, ou no serviço público, nas quais me era de responsabilidade decidir, designar tarefas e também cobrar resultados, o que muito contribuiu para que, por onde passei, em pouco tempo recebesse tais tipos de incumbencias, as quais não nego, são de fundamental importância para que eu sempre me poste com firmeza e atitudes de decisão, muito embora hoje já não mais esteja à frente de nada, já que a outros mais novos foram transferidos o bastão de comando, num processo mais do que natural e necessário e que nunca me causou qualquer ressentimento.
Nessa caminhada, principalmente no setor público, não raras vezes me chegavam futricas de que eu era alvo de críticas quanto a ser um pouco desorganizado, no que eu respondia e ainda respondo se isso preciso for: sendo inteligente, honesto e deveras trabalhador, não poderia eu acumular mais outros requisitos, afinal ninguém é perfeito, assim querer que eu seja mais organizado seria pedir demais.Essas pequenas querelas e invencionices daqueles que sempre estão a embromar no serviço, principalmente no público, tem sempre como alvo aqueles que se sobressaem um pouco, mesmo que num "carguinho" do vigésimo escalãol para lá( será que existe?), conforme os que já ocupei, e que à falta de se poder rotulá-los de ladrões que é a principal pecha que se busca impingir em alguém, se valem dessas fofocas.
Nessas funções em muitas e muitas ocasiões me defrontei com o rompante de algum "assessor do governador", "assessor do deputado fulano ou sicrano" e ante a inviabilidade da sua solicitação ( em quase cem por cento dos casos, pois felizmente na SEFAZ onde atuo, não existe brecha para quase nenhum tipo de atendimento dessa natureza pois se trata de auditoria fiscal), nunca titubiei de mostrar isso de maneira firme, porém dentro do máximo de civilidade e educação possível.
Porém se sabe que em muitas outras esferas ou secretarias, as pessoas ficam deslumbradas quando tratam com esses "emissários importantes" e não raras vezes cedem em situações que, acreditando "ficar bem na fita" com o poder e se fortalecerem, acabam atrapelando a ética, a moral e, sobretudo, os principios de honestidade e de imparcial postura, uma vez que se está cuidando e se tratando da coisa pública e não de um bem particular.
O exercício do poder causa em muitos, sentimentos de atração, de fascinio,de total deslumbre, sendo que nos fracos quando esses se acham investidos de uma mínima função de mando que seja, ele se torna ainda mais perigoso, danoso e de consequencias prejudiciais a muitos, principalmente à sociedade quando esses se referem a uso indevido de dinheiro público.
Os noticiários estão aí, todos os dias estoura um tipo de escandalo envolvendo nesse país algum tipo de tráfico de influência, porém só os pequenos é que se tornam públicos, até mesmo pela forma primária e artesanal com que são praticados.Mas aí, é de se perguntar: a culpa maior é só do proponente que, não raras vezes bagrinhos miúdos, se valem de uma força da qual n a maioria das vezes nem existe, mas que encanta enche o ego do seu interlocutor por estar sendo tão prestigiado com a presença dessa importante figura, e assim acede facilmente ao que lhe foi solicitado ou estaria nesse, que servilmente, procedendo tal e qual um capacho, sem personalidade e firmeza de decisão, não consegue negar ao que foi pedido?.
Claro está que é nos dois, e que a ambos deve se cobrar pelos atos ilegais, porém para existir a figura do achacador da coisa pública, necessário é que exista aquele que aceite o achaque, mesmo que seja apenas para estar bem com os figurões maiores do que ele e que, em alguns caso sequer sabe que o seu nome foi usado de forma indevida e para fins ilícitos, mas nada minimiza ou atenua a falta funcional daquele que a pratica, muitas vezes movidas pela falta de caráter, de firmeza e de personalidade, portanto sendo um incapaz para o exercício da função na qual se acha investido.
José Domingos.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

PROCURANDO......

Do sol, à luz, de bela manhã irradiante,
Meus passos levam aonde, não sei.
Esperando encontrar logo lá adiante,
A mulher a quem mais amei.

Conduzo me por sinuosa estrada,
Ao sol se alia, de uma brisa, suave frescor.
Prossigo nessa procura à minha amada,
Para, a ela reforçar, todo o meu imenso amor!

Se ao finaldo caminho chegando,
Com ela eu não me deparar.
A Deus peço, quase implorando,
para os meus braços, a faça retornar!


José Domingos

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

UM EU DESMITIFICADO !

Um instante. Logo, logo, não mais existe. Passado.
Em um átimo de segundo, este àquele, acrescentado.
Gozemos pois, com intensidade, cada dia, cada momento,
Sobreponhamos pois, a alegria, a qualquer sofrimento!

Total prazer, amores e desejos,
Curtir cada instante, como se outro, nunca houvera.
Uma vida plena, de carinhos, abraços e de beijos,
Pois a seguir nada mais será, do que mera quimera!

Aos ontens que se somam ao passado,
Um hoje, um d'agora, de intensidade infinita,
Ser como realmente somos, um Eu desmitificado,
Tornando, pela terra, a nossa passagem, muito mais bonita!


José Domingos

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A BUSCA DE DEUS !

De todos, da vida, se tem uma certeza,
Buscar a saúde, a alegria, mas também a riqueza.
No mundo todo, quem pensa diferente, até existir possa,
Mas aquele que do Altíssimo se esquecer,
Pode até alcançar algumas, mas todas, ele não irá ter!

Trilhemos pois, por Deus traçado, o nosso caminho,
Alcançaremos bens, alegria, flores e nenhum espinho.
Obstáculos serão, sempre, para tras deixados,
Um viver pleno, tranquilo, de amor e de realização,
Bastando para tanto, nunca ter ódio ou maldade no coração!

Simples receita, dificil porém, o seu cumprimento,
Renúncias, Nele total aceitação, e inabalável confiança.
Elevando ao Alto, em cada segundo, o pensamento,
Tê-lo com norte, o rumo, da salvação, a esperança,
Evocando -o a cada instante, a cada momento!


José Domingos

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O DEFINHAMENTO DA AVENIDA ANHANGUERA

Desde as mais remotas eras, o ser humano de uma forma ou de outra, logo, logo descobriu a necessidade de se praticar algum tipo de comércio, mesmo que rudimentar.Tão logo adquiriu o hábito do cultivo e da criação de animais domesticados, destinados à sua sobrevivência, o homem percebeu que o seu excedente poderia ser utilizado como moeda de troca com algum outro, que também tivesse algo que lhe interessasse do qual dispunha em excesso já descontado o de seu consumo, estava então inventado o escambo, situação que até hoje, em alguns lugares do mundo, por certo ainda se acha em uso em algumas situações.
Alguns milhares de anos e muitos objetos adotados como forma de pagamento, inclusive o sal com o qual se pagava o soldo dos integrantes da legião romana, daí advindo o termo salário para designar a remuneração de empregados, com a circulação de moedas cunhadas em metais valiosos( ouro, prata, cobre, etc) e somando se a isso a descoberta de meios de navegações entre grandes distâncias, houve uma expansão sem igual, na arte de comercialização, disso decorrendo o povoamento e desenvolvimento de várias partes do mundo, outrora inóspitas e totalmente vazias de seres humanos.Muito de bom se viu com o agigantamento da prática comercial, mas também coisas degradantes, como a venda e tráfico de negros africanos, que por séculos foram usados como escravos na Europa e nas Américas, sem contar que quase todas as guerras tiveram e tem como pano de fundo e interesse maior algum aspecto econômico e material, os quais só se viabilizam e dão retorno, quando possam ser comercializados, com isso surgindo as contendas e desavenças que na sua maior parte só são solucionadas após enormes gastos e massacres de milhares de inocentes.
Sabemos que tão logo descoberto, o comércio já foi desde então e sempre, objeto de tributação pelo poder público ao qual aquele se obriga, tanto que é possível que algumas partes o Estado como ente governante lá não tenha comparecido com alguma obra ou benefício, mas, entretanto, o tributo esse sim, de alguma forma recai sobre o patrimônio e a renda dos seus moradores, vilipendiando-os, oprimindo-os, num processo sufocante e sem fim.Assim, na nossa história em muitas e muitas etapas vemos e vimos um comércio regulado e controlado, sob todos os aspectos pelo poder público, que dita todas as normas, desde horários e dias de funcionamentos e até mesmo concessões para se estabelecer no ramo ( postos de gasolina até bem recente, bem como outros ramos de atividade), isso não obstante se propagandear aos quatro cantos que exista uma plena democracia e o livre comércio, que não é tão livre assim, já que antes de tudo tem que se seguir aos ditames e milhares de regulamentos estatais que a tudo controlam.
Se de uns tempos para cá a atividade mercantil/empresarial conseguiu se impor e passar a ser regulada mais e quase que exclusivamente pela lei da oferta e da procura, assim o próprio mercado se regulando, em muitas situações o poder público mesmo não intervindo de nenhuma forma direta, consegue com sua atuação praticamente eliminar e expulsar de vez do mercado muitas e diversificadas atividades comerciais.Como um exemplo claro e palpável de uma desastrada ação e se planejada o foi, só se foi para prejudicar, vemos a reforma da avenida anhanguera aqui em Goiânia que, de uma só tacada levou à lona, à falência, centenas de comércios outrora pujantes e vigorosos que tiveram que fechar suas portas, pois ao longo dos vários quilômetros daquela que já foi a artéria viária comercial mais importante da nossa capital, o que se vê aos montes são placas de aluga-se, vende-se, e que não encontram pretendentes, pois ela vem se tornando uma rua morta sob o ponto de vista comercial.
É triste caminhar hoje em qualquer trecho daquela avenida e ver que as sombrias cercas, tal e qual de currais, que ao mesmo tempo em que separaram e dificultaram o tráfego de veículos, segregaram e definharam a maioria dos comércios ali existentes, pois os que ainda resistem o fazem bravamente, ou então por que a essencialidade de suas atividades e produtos comercializados, mesmo ali, ainda atraem clientes que se aventuram por aquilo que os “sabichões” que os criaram denominaram modernismo e reforma da avenida, mas que foi na realidade, atraso, definhamento e o fim de sonhos , projetos e planejamentos daqueles que ali, com aquilo, viram suas economias e investimentos perdidos para sempre, no que era para ser sustentáculo familiar para muitos.
José Domingos

sábado, 6 de fevereiro de 2010

UM PORTO SEGURO

Navegando nas águas da vida,
procurando, do amor, a essência.
Enfim encontrei a mulher querida,
És, portanto, hoje, a razão de minha existência!


Em revoltas águas, tanto busquei o meu futuro,
Nele encerrados, desejos, amor, carinho e paixão.
Eis, enfim, que te encontrei - um porto seguro.
Onde está definitivamente ancorado, o meu coração!

Na pureza dos sentimentos teus,
e na honestidade do teu olhar sereno,
fixados, bem atados, ficaram os meus,
o meu horizonte já não é mais pequeno!

José Domingos

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

MENINA DA ALDEIA

Firmeza em seus atos e em cada atitude,
Porém levada menina, sapeca, menina travessa.
Pequena peralta, sempre doce, meiga, nunca rude.
Em lindas tranças, escuros cabelos lhe coroam a cabeça,
Sardas no belo rosto.Da cor de jabuticaba, nos olhos a negritude.
Traquino sorriso, às regras e aos costumes sempre avessa!.


Pela rua, quando não corre, lento é o seu caminhar,
Acena ao idoso, xinga o moleque, aos pequenos afaga,
Esse é o modo de sua vida, ocupar,
Um viver feliz, chama que nunca se apaga!

O seu lar é, do mundo, a vastidão,
Claro horizonte, cujo percorrer a extasia,
Se a ingenuidade traz na mente, o amor está no coração.
De alegria preenche, da sua vida, cada hora,
De pureza e juvenil encanto, o seu dia-a-dia.
Prantos e tristeza se lhe assombram, logo se vão embora,
E como se possível fosse, vive em eterna fantasia!

José Domingos.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A IMPORTÂNCIA DE UMA ESCOLA EFICIENTE.


A educação no Brasil sofreu nas últimas décadas um salto qualitativo no que se refere ao ensino fundamental e médio, só que exclusivamente naquela ministrada pela rede privada. Pois é por todos por deveras sabido que até sobra vontade, determinação e competência para a grande maioria dos meus colegas professores que atuam na rede pública, mas o entrave, o impedimento está é na falta: falta vontade politica dos nossos governantes, falta investimentos na infra-estrutura das escolas, falta cursos de capacitação e aprimoramento dos professores, faltam salários dignos, enfim falta quase tudo e, se toda a população se valesse apenas da rede pública de educação aí sim haveria um maior problema e a maior das faltas, pois sobrariam alunos que nem o triplo das escolas mantidas hoje pelo governo, conseguiria absorver, pois faltariam muitas e muitas salas de aulas para abrigar todo o contingente que anualmente buscam as escolas para se matricularem.
E é, nesse papel de preencher as lacunas, pois o Estado não consegue cumprir o seu papel constitucional obrigatório de oferecer com gratuidade o ensino escolar fundamental e médio, é que assistimos nos últimos anos uma grande proliferação de novas escolas privadas, instaladas em quase todos os setores da nossa cidade, com isso facilitando o acesso para aqueles que podem pagar os seus custos,e, ao mesmo tempo, trazendo uma maior competitividade, nesses caso benéfica, pois a disputa para uma maior capacitação de alunos resulta em um ensino da melhor qualidade.Nesse processo de constantes melhoramentos, motivado pelos criteriosos e cada vez mais exigentes métodos de avaliação do vestibular que vem se tornando um estreitíssimo funil por onde só passam uns poucos na busca de um diploma de curso superior, as escolas privadas tem exigido bastante de seus alunos, muitas vezes até com alguns excessos, pois a elas só interessam resultados positivos, e os seus índices percentuais de aprovação nos vestibulares se torna um grande marketing que impulsionam as buscas por matrículas em suas unidades.
As primeiras e grandes empresas da área aqui instaladas, há mais de três décadas era uma verdadeira coqueluche, artigo de grife,os jovens enchendo o peito para dizer eu estudo em tal lugar, tendo isso se dado inicialmente com o título de “cursinho”, e o atendimento era bastante abrangente pois para cá acorriam interioranos do nosso estado e até de algumas outras unidades da federação mais próximas, já que freqüentar regularmente as aulas naquelas escolas aumentavam e muito, a chance de ingressar numa universidade.
Com o passar dos anos e o conseqüente e natural crescimento da nossa capital, as escolas privadas foram se pulverizando em unidades de menor porte nos mais diversos bairros, pois com isso há uma facilidade de maior captação de clientela, uma vez que o serviço passa a ser oferecido bem próximo, isso sem perder o seu objetivo que é o de proporcionar uma boa educação, afinal seus administradores sabem que somente assim podem competir nesse mercado que, do aspecto capitalista é igual a qualquer um outro, nele só permanecendo os que oferecem serviços da melhor qualidade e com preços acessíveis.
Passando esses dias na porta de um desses estabelecimentos,o colégio Degraus, situado na vila união, cujo único vínculo que mantenho para com ele é de gratidão e respeito, pois o meu filho caçula Gustavo Henrique quando lá cursou o ensino médio foi aprovado já no seu primeiro vestibular, em três faculdades, tendo optado pela UFG, tive a curiosidade de parar para contar a relação em um mural com os nomes dos aprovados no vestibular da universidade federal de Goiás, me deparando com trinta e uma aprovações, inclusive em medicina, e nos mais diversos outros cursos daquela instituição, que é a mais disputada em nosso Estado.
É realmente impressionante, principalmente por que essa escola é de pequeno porte e pelo que consta, só tem uma única turma do terceiro ano no ensino médio, portanto, o seu percentual de aprovação foi bastante elevado, na casa dos oitenta por cento em 2009, e ao que parece irá se repetir esse excelente indice de aproveitamento em 2010, aliás como sempre acompanho o seu desempenho desde a época que o meu filho por lá esteve, vejo com grande satisfação que a escola vem seguidamente apresentando crescimento.Parece que isso retrata o que é hoje o mercado educacional, onde o espaço tanto pode ser preenchido por grandes ou por pequenos, bastando atuar com seriedade, qualidade e um quadro de profissionais comprometidos e antenados com a nossa realidade globalizada.
Também outras escolas do mesmo porte tiveram um bom índice de aproveitamento, por certo bem satisfatórios para as dimensões e capacidade do estabelecimento.Olhando apenas sob o aspecto de formação e capacitação de nossos jovens isto é bastante positivo, não obstante tal incumbência devesse estar a cargo e ser feita gratuitamente pelo Estado e com o mesmo nível do que é hoje apresentado pelas escolas particulares,, e que ainda não se possa mensurar se esse interminável processo de competitividade seja ou não benéfico ao formando, o que não se pode negar é que ao receber uma gama bem elevado de preciosas informações, bastante úteis, principalmente em nossos dias quando a juventude, salvo honrosas exceções, quase nunca tem tempo para uma boa leitura, ele se municia de valiosa bagagem para enfrentar o futuro. Por certo isso muito lhe servirá, principalmente por que ao assistir a tais disputas por melhores rendimentos individuais de seus alunos, travadas pelas escolas, ele está vendo apenas um pequeno trecho de situações que o mundo irá, diuturnamente, lhe colocar à frente quando sair da escola.
José Domingos










quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

UM BURACO AQUI, OUTRO ALI, OUTRO ACOLÁ...

Durante os quase mil e duzentos anos(século VIII a.c. até o século V d.c.) em que predominou no mundo, o império romano abriu estradas que iam de Roma até o Oriente médio, daí surgindo um ditado que perdurou por séculos e séculos depois, de que “todos os caminhos levam a Roma”.
Ruínas de edificações, ruas, estradas, pontes e aquedutos ainda de pé, comprovam a seriedade, honestidade e a qualidade do material e acabamentos utilizados em nas obras romanas, muito embora, por certo, naquela época já existissem as “mutretas” e desvios de dinheiro público, esses não o eram em proporções tão alarmantes quanto da atualidade que grassam de forma quase total entre todas e qualquer obra que envolva a coisa pública.
Daquilo que se fez e se construiu naqueles tempos, para os de agora e em especial em nosso país, existe uma diferença não apenas temporal e espacial mas, também e sobretudo, de qualidade e de respeito com o os usuários desses bens públicos, isso hoje inexistentes.
Li, certa feita, que Jânio Quadros, ex-presidente da república que renunciou de forma inexplicável ainda no inicio desse mandato, quando prefeito da cidade de São Paulo, função eletiva que ocupou por duas vezes, tinha como hábito no seu primeiro mandato, quando de inauguração de asfaltos em vias urbanas e rodovias,determinar que um servidor se munisse de uma furadeira, para que antes dos discursos e da entrega da obra, se fizesse um teste na mesma.
Assim em locais por ele apontados no momento, se utilizava a máquina para ver a espessura e a qualidade do asfalto utilizado na obra, a fim de se certificar de que o serviço estava de acordo com o que foi contratado.Se não estivesse, ele simplesmente não inaugurava a obra e não pagava a empreiteira responsável, enquanto não se procedesse a sua adequação ao que fora combinado e especificado no processo de licitação da mesma.
Fosse tal prática disseminada entre nossos governantes e usada rotineiramente, talvez tivéssemos hoje uma malha rodoviária em melhores condições do que as atuais, pois o que se vê hoje são camadas de piche e brita jogados sobre o cascalho (quando não sobre a terra de forma direta), e que nunca ultrapassam dois, a três centímetros, no máximo e assim, igual a um sonrizal, ante qualquer quantidade de chuva se dissolve e se abrem imensas crateras.
As fortes chuvas que vem ocorrendo pelo Brasil a fora desde o findar do ano passado, tem desnudado uma situação que de há muito aflige, impacienta e tortura boa parte dos motoristas tupiniquins , que é a péssima
qualidade e manutenção das rodovias nacionais, decorrentes da falta de fiscalização da correta aplicação do dinheiro público.
Se antes da constituição federal de 1988, tínhamos um tributo denominado de TRU-taxa rodoviária única, cuja arrecadação, em tese, era utilizada na conservação de nossas estradas, tão importantes para o desenvolvimento do país e, principalmente, para a segurança dos que por elas transitam, hoje nem isso existe mais, pois ela foi substituída pelo IPVA, com isso o governo não tendo mais nenhuma obrigação de vincular uma receita à preservação e construção de rodovias, conforme é o caso da taxa em que tem que haver a contraprestação estatal em sua arrecadação.
Estamos chegando a um ponto insuportável, pois não obstante as comissões que, pelo que se propaga aos quatro ventos, são pagas para se fazer qualquer obra nesse país, essas agora são feitas e, em muitos e muitos casos, refeitas várias vezes antes mesmo de serem inauguradas.
Culpar apenas os vigaristas que fingem construir e pavimentar nossas ruas e estradas, contratados a custos exorbitantes, pois na quase totalidade dos casos predomina o super-superfaturamento, é omitir o imprescindível papel do poder público, a quem cabe não só contratar, mas fiscalizar e punir o desvio das verbas utilizadas em tais obras, e que infelizmente não vem sendo feito, propiciando assim não só a continuidade mas também, o acentuado aumento dessa escabrosa situação.


José Domingos


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

As cotas raciais já existentes e também as sociais que já começam hoje a ser adotadas pelas universidades públicas do país merecem, pelos motivos que são abaixo comentados, aplausos e votos de que se consolide e se aperfeiçoe, não obstante colocar à margem uma boa parte de jovens oriundos da classe média baixa que estando numa faixa de exclusão por não ter pouco e nem muito no que refere ao poder aquisitivo pois nela, raros não são os pais que à custa de muitas economias e sacrifícios de toda especie, conseguem estudar seus filhos em escolas particulares, contraindo empréstimos e renegociando dívidas, e em função do estabelecimento de tais cotas vêem os seus filhos não obterem sucesso nos vestibulares, mesmo tendo médias quase que o dobro das que permitiram o acesso às faculdades, daqueles que foram beneficiados por tal mecanismo.Assim a adoção de tal medida legal é benéfica, só estando a precisar de reajustes que façam uma verdadeira inclusão que contemple de modo justo a todos os que dela necessitem, alcançando também àqueles que não medem esforços, às vezes sobre-humanos para propiciar um ensino de qualidade aos filhos, mesmo não dispondo de recursos financeiros para tanto. Verdade seja dita que, para os que se acham em tal situação está existindo uma penalização dupla, primeiro por que no objetivo de dar uma educação de melhor qualidade aos filhos, tem que se fazer malabarismos e milagres com suas rendas, e nem muitas vezes atinge o que pretende, pois os bem abastados financeiramente gastam ainda mais, fazendo com isso um inchaço nas escolas de nível superior estatal, de ricaços que muito bem poderiam pagar pela continuidade dos seus estudos em faculdades particulares; por outro lado os filhos daqueles, não estando incluídos nas cotas sociais e embora superem as notas dos que nelas estão, ficam de fora, pois estão em uma zona intermediária.
O acerto das cotas se patenteia a olhos vistos quando circulamos por estabelecimentos comerciais, bancários e de serviço público em qualquer parte do nosso Estado, onde raramente vemos pessoas negras ou de origem mais humildes ali atuarem em alguma função, e mais do que difícil, senão impossível, estarem em alguma posição de mando, isso se dando por razões que remontam aos primórdios da colonização brasileira e que num crescente, cada vez mais diminuíram as chances dos que hoje se acham protegidos por esse sistema adotado, pois atualmente e de forma cada vez mais, a exigência de uma boa formação escolar/educacional é pré-requisito para qualquer atividade.
Num pais onde a tradição de se acomodar e de se proteger no serviço público remonta aos primeiros ocupantes, pois se Pero Vaz de Caminha em sua carta que comunica ao El-rei o descobrimento, ao mesmo tempo que já pede emprego para um parente, vimos nos idos anos entre setenta e oitenta, um movimento maior dessa procura até então quase desconhecido em nosso cotidiano. Com as dificuldades financeiras assolando a maior parte dos lares brasileiros, principalmente motivadas pela brusca elevação do preço do petróleo que tantos sobressaltos provocou na economia mundial, vimos uma verdadeira corrida na busca de empregos ,sobretudo no serviço público, onde um gigantesco guarda sol de benesses protege aqueles por ele acolhidos de todas as intempéries a que se sujeitam os que, por desempregados, se acham desabrigados na infindável planície pela qual trilham na busca de um emprego.
Assim, facilidades maiores tiveram os que se mantinham proximidade com os detentores do poder, num regime ditatorial onde a vontade dos governantes era sempre a palavra final, bastando que esse ou aquele líder politico referendasse o nome de alguém para ocupar um cargo no serviço público e pronto já se estava contratado, e não sendo raras as situações em que encontrando chefetes submissos e capachos do regime que lhes atestavam a freqüência sem isso ocorrer, pois sequer compareciam ao local de trabalho nem mesmo esporadicamente, e se iam lá era somente para buscar o contracheques no final de cada mês.
Essa modalidade de empregar e que deu guarida pelo interior do Estado à milhares de filhos da classe média, só aumentou o distanciamento e o fosso das desigualdades, pois empurrou muitas vezes outros tantos para o subemprego, para os biscates de baixas remunerações e sem vínculos empregatícios, uma vez que chegado então o momento de que ter um trabalho e um salário mensal e que não era mais uma necessidade apenas das classes mais baixas, isso fez com que a classe média acordasse para essa questão que até hoje permanece tão aflitiva, com ela se posicionando a uma boa distancia à frente dos demais, sobretudo por que vigorava à época, quase que de modo geral, a ocupação dos cargos públicos por apadrinhamento, sem concurso público.
Isso fez e continua fazendo com que os mais pobres e por conseguinte mais necessitados se vejam sempre á margem desse processo de empreguismo, cujos resultados persistem em postos de trabalho desse nosso Brasil, reitere-se, principalmente no serviço público, onde pessoas que já se encontram em vias de um processo de aposentadoria, em sua maior parte é composta de egressos da classe média e sobretudo de cor branca, num reflexo do grande aumento da procura e nomeação dos apadrinhados há mais de três décadas, agora prontos para vestir pijama e calçar chinelos.
A sabedoria popular que sempre prega ditados que muito bem podem ser usados a qualquer tempo por contemporâneos e atualizados para quando de sua utilização, tem um que diz “tal pai, tal filho”, por isso se as pessoas maduras na ativa, em sua grande maioria se encaixa num perfil elitista e excludente, e se não se iniciar um processo de aproveitamento e capacitação dos jovens que hoje se acham á margem da sociedade, dificilmente iremos começar uma melhoria duradoura e que atravesse gerações e se consolide nos princípios de um tratamento de igualdade, dignidade e respeito entre todos.
Sendo de grande sabedoria e de vital importância que as transformações comecem através da formação educacional/profissional de nossos cidadãos, daí o acerto da medida, sobretudo pelo grande preconceito mesmo que camuflado que ainda existe em nosso país, é fundamental que se adote providencias como essas, a fim de que não mais existam subclasses ou tentativas de inferiorizar, diminuir ou rebaixar qualquer ser humano que merece atenção e respeito em igualdade de condições entre todos, sem distinção de cor ou condição social.
José Domingos

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

VOCÊ COMPRARIA UM CARRO USADO DESSE HOMEM?

Numa nação, como a brasileira, em que vários dos seus detratores quando pretendem minimizar, enxovalhar ou ridicularizar feitos se valem do fato de que, inicialmente o país foi povoado, em grande parte, por degredados e toda a sorte de criminosos que para cá eram enviados por Portugal e mesmo assim à força, pois conta-se que muitos estupradores portugueses, principalmente aqueles que atentavam contra a própria mãe, e que tinham como opção serem degredados para as terras brasileiras ou serem castrados se decidiam pela segunda alternativa, é deveras alvissareiro e promissor que muitos e muitos cidadãos, num procedimento que vem se tornando rotina, devolvam objetos e dinheiro, às vezes quantias vultuosas, que são perdidos e por eles achados.Criticar a falta de honestidade pontual que se verifica em alguns seguimentos sociais e profissionais é generalizar a desonestidade, quem sabe isso se dê pelo desacorçoamento da população, cansada e levada pelos usuais hábitos dos nossos congressistas, boa parte deles reles marginais que procuraram abrigo e proteção á sombra de um mandato legislativo que impedem ser eles julgados até mesmo pelos crimes mais comuns, em cenas costumeiras, tamanha a descrença e falta de credibilidade que assolam os ares do Congresso Nacional e adjacências, entretanto, milhares de brasileiros existem que, trabalhadores e honestos vivem do que ganham com dignidade e às custos do seu sofrido labor diário, sendo estes os principais atores de cenas onde a honestidade e os princípios e padrões éticos se manifestam na mesma proporção dos escândalos com os politiqueiros, sendo que ambas vem deixando de ser atrações chamativas na mídia, por rotineiras que vem se tornando.Eu mesmo assisto e vivencio como espectador, quase que diariamente, inúmeras cenas de humildes pessoas devolverem trocos nas filas, alertarem para dinheiro que alguém deixou cair de forma inadvertida, porém o contrário também não me passa desapercebido, naquela atitude que ficou por deveras conhecida e virou chavão e estigma, e que rotula aos oportunistas, quando o então tricampeão mundial de futebol Gerson, do que talvez até hoje se arrependa, ao fazer um comercial de um cigarro, se não me engano chamado mistura fina, profere no seu final uma frase: “para quem quer levar vantagem em tudo”, como hábitos de pessoas em filas de supermercados,quando a máquina registradora totaliza a conta e elas, de forma descarada, fala você deixa “por tanto”, subtraindo ínfimos centavos que o caixa aceita passivamente, talvez até mesmo por ordem da empresa, mas que, porém somados no fim do dia lhe serão debitados do mísero salário que quase nunca ultrapassa o mínimo previsível legal e portanto obrigatório, mas se sabe também que quando se sobra alguma quantia no caixa , por certo também pequena, ela não vai para o operador e fica com a empresa.Não muito longe se vai o tempo em que os tratos negociais eram selados pelo fio do bigode dos negociantes, ficando isso e a palavra dada valendo mais do que qualquer escrito, pois geralmente ele era cumprido na íntegra conforme pactuado quando de sua efetivação, e é assim que muitas pessoas ainda resistem em manter a fé e a confiança na palavra daqueles que julgam merecedores de tal crédito, pois muitas e muitas pessoas permanecem com o seu estilo pessoal de acreditar, confiar e aguardar que o seu próximo aja de igual forma, a palavra e o compromisso sendo inalterável, isso ocorrendo com maior enfase com os interioranos onde todos se conhecem e convivem diuturnamente,Existe um usual chavão para colocar em dúvidas a idoneidade de alguém, pois quando se quer coloca-la em xeque, uma das perguntas é: “você compraria um carro usado desse homem?” . Pois de forma confirmatória de que o inverso é verdadeiro, já vi transações comerciais em que a confiança fez com que em duas oportunidades negócios com automóveis fossem feitos tendo como maior segurança e garantia a palavra empenhada.Assim o é que, nas três décadas que residi na cidade de Goiás, antiga capital do Estado, conheci lá um cidadão exemplo de conduta irretocável e lisura com os seus compromissos, tanto que pude assistir ele vender dois carros em ocasiões diferentes para um mesmo conhecido, de uma cidade próxima, sem que aquele sequer vistoriasse os veículos, ficando apenas no apalavramento mantido, via contatos telefônicos entre os dois.Talvez levado pela curiosidade de saber quanto ao grau de satisfação do negócio, do que tive a oportunidade por conhece-lo também, de constatar junto ao comprador e confirmar estar corretas todas as informações que haviam sido fornecidas pelo vendedor. Certa feita também assisti em uma outra transação cuja moeda mais forte também foi a boa fé e a credibilidade dos envolvidos , numa total confiança, um outro conhecido vender para um terceiro das nossas relações, um parte de uma ilha no rio Araguaia, apenas mediante informações de como ela era, e a transação tendo agradado a ambos, com o adquirente só vindo a conhecer o imóvel após decorrido um certo tempo de já haver pago integralmente pelo mesmo.É, ainda existem seres humanos que sabem o valor da honra e da palavra dada, quando um compromisso assumido é garantia e total certeza do seu cumprimento, independentemente de avalistas, informações bancárias, penhores e cauções, pois para pessoas dessa natureza basta saber que existe tal obrigação e um prazo atempado para ser realizada.

José Domingos