O colega Luis Alberto Pereira tem se tornado um inestimável colaborador do Auto de Informação, pois volta e meia ele se lembra de um acontecimento divertido pelo qual tenha passado algum colega.
O “causo” de hoje, por ele narrado, aconteceu em idos tempos quando os postos fiscais eram dotados das mais precárias instalações( mudou alguma coisa de lá para cá? Se mudanças houveram, poucas foram) e tendo um colega de apelido Leréia ficado sózinho no posto fiscal de Jaraguá, quando sequer tinha energia na repartição, a mesma à noite, sendo iluminada por lampiões.
Naqueles tempos apesar da pouca distancia da capital, as escalas eram de dez dias corridos, portanto a partir do sexto dia ali sozinho, o Leréia já estava bastante baqueado, e como o movimento noturno por aquelas estradas ainda sem asfalto era pouco, ele colocou a luminosidade do lampião no mínimo e caiu no sono. Lá pelas tantas acordou ele com tapas no balcão do posto, partidos de um irado motorista que esbravejava: “acorda fiscal, eu preciso carimbar a minha nota”, no que o Leréia, bastante sonolento resmungou lá do seu canto: “ você não está vendo o carimbo ai pendurado?. Tá a sua disposição. Aplique ele na sua nota e se mande”. Resmungando impropérios o motorista viu o arranjo que o fiscal havia feito para dormir tranquilo: pois dependurado por um elástico o carimbo de uso pessoal do Leréia se achava ali ao alcance de quem dele quisesse fazer uso.
José Domingos