sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ÁRCADE

Árcade
Jailton de Oliveira Gomes

Noutro tempo, uma Professorinha, num átimo Doutora.
Ah! Vida efêmera. Tanto corres por quê?
Por que salmista a viste como um conto ligeiro?
Vivamos o hoje, eternizemos instantes, Carpe Diem!
Flores vivam para sempre, mostrai vossos sentimentos!
Ah gregos! Por que nos ensinaste a sermos duais?
Por que nos dividistes?
Plantai sobre nós convicções!

Horas, horas, horas e mais horas
Livros, livros, livros e mais livros
Pensamentos, pensamentos e mais pensamentos
Letras, letras, letras e mais letras
Críticas, críticas, críticas e mais críticas
Insônias, insônias, e mais insônias
Inalcançável, inalcançável, alcançável
Éreis, sois e sereis. Se fosseis, seríeis

Cortai as arestas, aparai as pontas, dizei o puro
Rebusqueis nada
Seja tão somente tu
Esqueçais os múltiplos sistemáticos
Corte, corte, corte...
Amor só amor
Morte, morte, morte...
Lágrimas plurais não chorem pela morte,

Oh Amor! Fujamos para o Recanto da Poesia
Lá veremos águas, flores, pássaros...
O carbono que mata nos tomou
Saiamos da urbanidade tosca
Lá teremos paz
Corramos para onde moram os sentimentos
Recite, cante,
Ame

Extraí de vós todo o amor
Razões inflem-nos de vosso saber
Nobre choro – o amor que se foi
Aproximai dos instantes
Sejam sábios, lábios, senti o momento
Simples, singular
Amai com as mãos
Tocai e senti

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